sexta-feira, 27 de maio de 2011

Liberdade de expressão

Sou um bibliotecário brasileiro. Exercer essa profissão nesta terra tupiniquim onde se lê, em média, menos de 2 livros por ano é o meu maior desafio. Minha revolução é silenciosa e minha vitória não será por acaso.
Por falar em revolução, nas últimas semanas vocês devem ter acompanhado a repressão policial em São Paulo, onde no último dia 21 de maio a polícia dispersou a bala uma manifestação que pedia a legalização da maconha. Tenho muito a dizer sobre a legalização ou não dassa droga, mas neste momento há algo mais importante a ser discutido: liberdade de expressão.
Não há mais ditadura no Brasil, vivemos em um Estado democrático, mas a censura nunca deixou de existir. Um exemplo claro disso foi a demissão do jornalista Heródoto Barbeiro da TV Cultura (subsidiada pelo governo de São Paulo). O mesmo foi demitido depois que falou mal das obras (atrasadas) do metrô de São Paulo.
Quanto mais longe dos livros estivermos, mais perto de sermos alienados e manipulados estaremos.
Atualmente grande parte da população “se informa” por meio da televisão. Se informa entre parênteses porque são informações desencontradas que só confundem os telespectadores. O Partido da Mídia Golpista (PMG) brasileira informa de forma tendenciosa, seguindo sempre os interesses de seus patrocinadores. Essa situação me faz lembrar do livro 1984, onde o autor George Orwel descreve com perfeição como uma sociedade é facilmente manipulada. O livro conta a história de Winston, um jovem que vive aprisionado na engrenagem totalitária de uma sociedade completamente dominada pelo Estado, onde o direito individual não existe. Quem está com o controle é o “BigBrother” que vigia e controlada pelo por meio da televisão, rádio e jornais.
Seria ilusão esperar que a televisão brasileira contribuísse para o desenvolvimento cultural das pessoas. Pois um povo com senso crítico e politizado não perderia 1 hora por dia da sua vida assistindo novelas. Se você ainda não leu 1984, o e-book você baixa aqui. Mas se você é saudosista e prefere o “papel”, pergunte ao bibliotecário da biblioteca mais próxima da sua casa (se bem que estamos no Brasil, acho difícil ter uma biblioteca próximo da sua casa) ou então compre na Saraiva ou Livraria Cultura.

Boa leitura!!!

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