sexta-feira, 17 de junho de 2011

Necessidade quase que fisiológica

Li muitas críticas sobre minha coluna e a única que resolvi responder foi essa: “...perder o maior tempo escrevendo para ninguém...”
Sinceramente não escrevo pensando em vocês, caros leitores amigos do Rei. Escrevo como desabafo, não consigo ficar calado diante dos absurdos que acontecem aqui nesta terra tupiniquim. O que importa, na minha humilde opinião, é o conteúdo e não quantas pessoas leram. E se esse texto não chegar até você, é porque não é para você ser o leitor.

Escrevo por necessidade, quase que fisiológica.
Como um cocô que nos aflige quando manda o sinal de que já está chegando, é como me sinto quando não escrevo. Minha sensação depois que o texto está pronto é como a sensação que temos quando o tal do cocô é libertado e pula em seu mergulho de ponta rumo as águas profundas da privada.

E por falar em merda, o assunto de hoje é o escritor brasileiro mais lido do mundo! O mago Paulo Coelho.

Li e por isso posso falar mal. O alquimista peguei para ler porque era muito fã do Raul Seixas e as musicas feitas em parceria entre os dois eram muito boas. Depois li Verônika decide morrer só para ter argumento para criticá-lo.
O cara que faz apologia a ignorância em seus livros, sempre reforçando que instrução intelectual não é algo tão necessário, não sei como, se tornou membro da ABL (Academia Brasileira de Letras).
Em O alquimista, o narrador se desfaz de um livro por considerá-lo “um peso inútil”!
Em Veronika decide morrer, o médico afirma que a personagem tem uma necrose no "ventríloquo” e não no ventrículo. Pior do que deixar passar os erros é declarar: “Deus pode estar escondido naquele cê-cedilha mal colocado”.

Paulo Coelho faz questão de passar uma visão otimista e ingênua do mundo e isso me irrita profundamente. Seus livros são, 60% encheção de linguiça, nos outros 40% ele se perde na inconsistência. Em O alquimista, a constituição de uma personagem é claramente inspirada na Bíblia, misturando elementos de Gênesis e Levítico que, segundo a narrativa bíblica, nada têm em comum.

Sou o @bibliotecarioSP. Um dos amigos do Rei! Escrevo sobre livros e de vez em quando sobre merdas na sexta-feira.

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